domingo, 22 de maio de 2016

4º B Heraldo Evans: A interpretação da leitura através da arte de desenhar

Nesta semana fiz a leitura do livro do escritor Sérgio Meurer, A viagem de um pãozinho, depois os alunos desenharam a parte que eles mais gostaram da história, eles deram asas para imaginação e o resultado foi esse abaixo.























































sexta-feira, 6 de maio de 2016

Entrevista com o Professor Tiago "Ortaet"

Conversei com o Professor Tiago Nascimento "Ortaet" sobre seus projetos na área da  educação e cultura, Casado e Pai de dois filhos, Tiago mostra nessa entrevista sem perder o tom e com críticas sérias e pertinentes ao governo, seus sonhos e visões para a educação e cultura  de Guarulhos e do Brasil de maneira geral, Vale a leitura.



Primeiro gostaria que você se apresentasse, quanto tempo de profissão na educação, conte um pouco de sua trajetória?

Embora entenda que minha paixão pelas artes remonta desde a primeira lucidez de mundo em minha mente, foi aos 10 anos de idade que decidi, bem precocemente, que a arte e a cultura fariam parte da minha vida pra sempre; evidentemente que na imaturidade de criança eu ainda não sabia exatamente de quais maneiras levaria esse amor adiante, quais seriam meus estandartes de vida, minhas bandeiras de luta, porém, foi neste momento de uma apresentação teatral numa quadra de escola publica de Guarulhos que fui picado pela “mosca azul” com o vírus teatral (risos) o teatro é a ferramenta mais poderosa de protesto e reflexão de mundo. Pra mim não existe educação sem cultura e vice-versa, são áreas indissociáveis na construção de identidade do ser humano. Tenho muitos projetos nessas áreas; alguns deles, mesmo sem ter nenhum recurso publico ou qualquer tipo de apoio por parte dos governos, desenvolvo há quase 1 década, como forma de resistência, militância e provocação social.



Quem são as suas referências na educação que te inspiraram em seu trabalho?

         Tenho muitas referências na educação, não apenas daqueles grandes gênios que tem uma biografia reconhecida pela história, mas também de pessoas que estão próximas a nós e constroem uma educação publica de qualidade; tenho muito respeito e admiração por àqueles que mesmo tendo uma vida dedicada à educação, longa experiência, mas ainda se renovam, não pararam no tempo. Dentre os célebres da educação inevitavelmente os sempre contemporâneos Paulo Freire, Mário Sérgio Cortella, Ana Mae Barbosa e José Pacheco são os que mais me embasam para meu olhar sob a educação.


       Você é um defensor da cultura e educação de forma geral, quais são as suas ideias voltadas para essa área?

É inadmissível que tenhamos apenas 4 teatros numa cidade gigantesca em território, população e economia como Guarulhos, além do que é notória a insuficiência da rede de bibliotecas precarizadas, salas de cinemas inexistentes, valorização do artista guarulhense, dentre diversos outros aspectos para fortalecer a cultura que se faz aqui.  

          Meu papel como educador propositor na escola publica tenho cumprido com ideias que coloquem os estudantes no protagonismo que eles carecem. Desde 2009 desenvolvo projeto de implementação e manutenção de uma política cultural estudantil na E.E. Parque Continental Gleba I através do projeto “Líderes Culturais” difundido principalmente pela plataforma www.continentalcultural.blogspot.com que se tornou um disparador de projetos artísticos para a escola e comunidade.

Para outros projetos que preveem uma expansão e abrangência ainda maiores almejo acessar o poder legislativo para consolidá-los através de políticas publicas numa futura gestão que tenha mais sensibilidade para essa área. Vou dar alguns exemplos: A Trupe Ortaética de Teatro Comunitário mesmo não tendo recursos, se mantém como um coletivo de artistas que abre as portas para jovens das periferias há quase 10 anos.

  Como manter essa chama de ser professor acesa todos os dias com os desatinos e a falta de estrutura que o professor tem dos governos?


Não é um caminho fácil esse de professar a profissão professor, justamente se tratando do nosso país, daí implico os governos municipais, estaduais e federal nesse processo de construção da educação publica. Não é justo que um professor tenha que lecionar em 4 escolas para poder sustentar sua casa e seus filhos, (como é o meu caso) a situação está chegando a um colapso em que urge a tomada de consciência pela educação como promotora de uma cidadania plena. Todos nós cidadãos somos responsáveis por revolucionar a educação publica, principalmente exigindo dos políticos eficiência e diálogo na condução de políticas publicas.


   Você acredita nas políticas públicas?

 Só acredito em políticas publicas que sejam honestas com os próprios desenvolvedores das mesmas, ou seja, com os professores, estudantes, gestão, famílias e toda comunidade escolar; de forma que haja necessariamente uma obrigatória escuta por parte dos poderes, a todos envolvidos nesse processo. Programas às vésperas de eleições, decretos sem ouvir às demandas e os sujeitos ativos nesse processo educativo, a própria história prova que não dão certo. É possível uma gestão menos hierarquizada e mais horizontal.



 Como você vê o cenário político de Guarulhos? O que podemos fazer para mudar?


Compartilho da mesma sensação da grande maioria dos cidadãos guarulhenses que estão em estado de permanente inconformismo diante da situação vergonhosa e vexatória em que nos encontramos. A política atual nos dá absoluta descrença nessa gestão que teve 16 anos para transformar a realidade e pouco fez; haja vista, as omissões do prefeito e de seu secretário de educação em relação aos salários dos professores, plano de carreira, benefícios e inacreditavelmente até mesmo da farsa de permitir aumento de jornada e calotear os professores. Recentemente na manifestação que se tornou greve dos professores da cidade, mais uma vez participei ativamente com minhas frases que não admito que fiquem engasgadas na minha garganta ou presas no meu spray, tanto que escrevi num gigante tecido branco na porta da secretaria de educação “Prefeito que não valoriza o professor, não tem o meu respeito” e reitero o que disse, pois o descaso só aumenta, a falta de bom senso é descomunal, dia após dia. Daí vem nosso papel cidadão de forma ativa, pois teremos a oportunidade de mudar os rumos da cidade, através do voto. O pleito democrático é nossa maior arma contra a inércia de governos incompetentes.
O cenário político futuro não pode ser construído por oportunistas, política não é e jamais pode ser espaço para aventureiros, desinformados e sobretudo de mentes coronelistas que querem se perpetuar no poder.






    E o cenário Nacional, você é a favor do Impeachment da Presidente Dilma? Como você avalia a gestão dela que colocou como Slogan e lema de seu Governo “ A Pátria Educadora”?


Vivemos um colapso sem precedentes, crise política, moral e econômica no país; quem mais paga por esses desmandos somos nós os trabalhadores. Vemos mais uma vez diversos ministros, deputados, senadores, envolvidos numa eficiente quadrilha que usurpou a decência para um projeto de poder.
Como prevê nossa carta magma, o impeachment é um instrumento legal, que ao ser julgado e constatado o crime de responsabilidade da presidente, a mesma deve ser afastada e consequentemente impedida. Sou plenamente a favor de que se apure os supostos crimes que ela cometeu, bem como todos os demais sujeitos envolvidos nesse antro de podridão da Lava Jato.

  Pingue – Pongue Responda A favor ou contra?

A)    Aborto

Sou contra o aborto. Pra mim assassinar o próprio filho é um crime gravíssimo. Existem inúmeros métodos contraceptivos para antecipar a irresponsabilidade de não querer deixar viver um bebê. Em casos específicos, como estupro a lei já é clara quanto ao consentimento.

B)    Descriminalização da Maconha

Sou a favor da descriminalização da maconha como em países da América do Sul. Existem tratamentos médicos com essa substância que precisam continuar.






C)    Reeleição

Reeleição sou contra.

D)    Porte de Armas

Porte de armas sou absolutamente contra.


E)    Maioridade Penal
Redução da maioridade penal sou contra.


  Deixe uma mensagem para os professores e futuros Educadores que compartilham de suas ideias.

 Agradeço essa oportunidade de expor minhas ideias e aproveito para parabenizar seu trabalho pedagógico Diego; por tudo que tenho acompanhado aqui em seu blog; um trabalho que certamente é alicerce sólido para seus alunos continuarem seus estudos e terem você como um exemplo a ser seguido; fico feliz de compartilhar contigo tantos ideais em comum. A mensagem que deixo aos futuros educadores é parafraseando Paulo Freire “Educar é um ato político... porém, ser professor e não lutar é uma contradição pedagógica” que jamais nos permitamos calar diante das opressões do dia a dia, independentemente de quem esteja no governo; que tenhamos a consciência de que somos exemplos para tantas crianças e adolescentes! Muito Obrigado! Evoé!